quinta-feira, 23 de julho de 2015

Icapuí dá o exemplo e aprova lei em defesa do peixe-boi marinho

Icapuí, além de linda, cada vez mais comprometida com o seu patrimônio natural.

























Ontem a prefeitura de Icapuí tomou uma importante decisão em prol da conservação do meio ambiente. Foi aprovada a lei N° 655/2015, que declara patrimônio natural do município de Icapuí a população nativa de peixes-boi marinhos e delega ao poder público municipal e à coletividade a proteção da espécie e seus habitats.

Essa é uma ótima notícia. Icapuí não é só uma região de beleza exuberante, como outras cidades turísticas da orla cearense, mas um ponto estratégico para a manutenção da vida marinha em todo o seu entorno.

O manguezal da Barra Grande é um importante ecossistema para diversas espécies marinhas.

É que em Icapuí existe uma grande diversidade de ecossistemas: campos de dunas, caranaubais, falésias e, mais importante, manguezais. Lá estão localizados o manguezal da Barra Grande e o Banco dos Cajuais, duas áreas críticas para o peixe-boi e várias outras espécies. Esses ecossistemas são considerados berçários da vida marinha. Muitos animais dependem da área para se reproduzir e se alimentar. De mariscos a espécies de aves migratórias, da lagosta ao peixe-boi. E como se isso não fosse motivo o suficiente para preservar o manguezal da Barra Grande e o Banco dos Cajuais, a economia local também é extremamente dependente desses ecossistemas. A destruição da vegetação do Banco dos Cajuais, por exemplo, está diretamente ligada à diminuição da oferta de lagosta para pesca no oceano. Em Icapuí, todo mundo precisa do mar.



Vindas dos EUA e Canadá a caminho da Patagônia, aves migratórias para em Icapuí para se alimentar.











Durante anos instituições como a Aquasis e outras lutaram para preservar esses biomas da especulação imobiliária e ocupação por fazendas de camarão, salinas e parques eólicos. Agora, felizmente, a lei está mais do nosso lado do que antes. Afinal, conservar o peixe-boi, patrimônio natural do município, significa conservar também as condições naturais necessárias para a sua existência.

Parabenizamos o município e a prefeitura de Icapuí pela responsabilidade e compromisso com o peixe-boi e com o meio ambiente. Agora vamos ficar de olho para ver a lei sendo cumprida.

O Projeto Manatí é patrocinado pela Petrobras através do Programa Petrobras Socioambiental. Você também pode ajudar a salvar o peixe-boi, seja um doador! 

quinta-feira, 9 de julho de 2015

Divulgado edital para seleção de monitores para o espaço de visitantes do CRMM

Edital de seleção
Monitor do espaço de visitantes do CRMM/AQUASIS

Número de vagas: 01
09 de Julho de 2015


A Associação de Pesquisa e Preservação de Ecossistemas Aquáticos (Aquasis) está abrindo 01 (uma) vaga para MONITOR para trabalhar no Espaço de Visitantes do Centro de Reabilitação de Mamíferos Marinhos (CRMM), localizado dentro da Colônia Ecológica do SESC, em Iparana, Caucaia, Ceará. A Aquasis é uma organização sem fins lucrativos que atua com pesquisa e conservação de espécies ameaçadas de extinção no nordeste do Brasil.

FUNÇÃO
A principal responsabilidade do monitor é o atendimento ao público em geral (hóspedes do SESC Iparana, grupos de estudantes universitários, escolas, etc.)
ATIVIDADES
  1. Zelar pela limpeza e organização do Espaço de Visitantes do CRMM/AQUASIS;
  2. Fornecer informações principalmente a respeito dos mamíferos marinhos, Projeto Manatí, CRMM e filhotes de peixe-boi que estão em reabilitação;
  3. Realizar atividades de Educação Ambiental (contação de estórias, oficinas, palestras) conforme solicitado pelo seu coordenador;
  4. Preencher diariamente uma planilha com os atendimentos realizados no dia;
  5. Elaborar um relatório mensal compilando as informações dos atendimentos realizados no Espaço;
  6. Reportar ao coordenador da Educação Ambiental qualquer dificuldade ou problema encontrado;
  7. Zelar pela guarda e conservação dos materiais e equipamentos de trabalho;
  8. Realizar outras atribuições pertinentes ao cargo e conforme orientação de seu coordenador.
PRÉ-REQUISITOS:
  1. Estudante de graduação de Biologia, Turismo, Veterinária, Oceanografia, Ciências Ambiental, ou áreas afins com matrícula ativa;
  2. Ser organizado, pontual, ter iniciativa e ser comprometido com o trabalho;
  3. Facilidade de comunicação.
DIFERENCIAL DESEJÁVEL:
  1. Fluência em língua inglesa;
  2. Experiência com educação ambiental.
REGIME DE TRABALHO:
30 horas semanais

CONTRATAÇÃO:
O estudante contará com o auxílio de uma bolsa mensal no valor total de R$400,00, mais benefícios conforme a Lei do Estágio Nº 11.788/2008.

SELEÇÃO:
Entregar Currículo com contato para entrevista até dia 16/07/15 na administração da AQUASIS ou na coordenação do CRMM/Aquasis; ou pelo e-mail umezaki.ju@gmail.com com o Assunto: SELEÇÃO PARA MONITOR/CRMM. Os pré-selecionados serão divulgados até dia 20/07/15. Entrevistas com os pré-selecionados a serem realizadas entre os dias 21 e 28/07/15.



Em caso de dúvidas referentes ao processo de seleção, entrar em contato pelo telefone (85) 3318-4911 ou pelo e-mail umezaki.ju@gmail.com com o Assunto: DÚVIDA SOBRE SELEÇÃO PARA MONITOR/CRMM.  

quinta-feira, 2 de julho de 2015

Divulgado edital para seleção de tratador de animais no Centro de Reabilitação de Mamíferos Marinhos


VAGA PARA TRATADOR DE ANIMAIS
NÚMERO DE VAGAS: 01
29 de Junho de 2015


A Associação de Pesquisa e Preservação de Ecossistemas Aquáticos (Aquasis) está abrindo 01 (uma) vaga para TRATADOR DE ANIMAIS, para trabalhar no Centro de Reabilitação de Mamíferos Marinhos (CRMM), localizado dentro da Colônia Ecológica do SESC, em Iparana, Caucaia, Ceará. A Aquasis é uma organização sem fins lucrativos que atua com pesquisa e conservação de espécies ameaçadas no nordeste do Brasil.


FUNÇÃO
As responsabilidades principais do cargo de tratador incluem os cuidados diários com filhotes de peixe-boi marinho, além do manejo de outras espécies de mamíferos marinhos em reabilitação no CRMM ou em cativeiro em ambiente natural.



ATIVIDADES
  1. Receber e providenciar a limpeza e armazenamento adequados aos alimentos dos animais no CRMM, conforme protocolos estabelecidos;
  2. Fornecer alimentação aos animais, verificando o aproveitamento;
  3. Manter a limpeza e organização das cozinhas e outros ambientes do CRMM;
  4. Auxiliar no manejo e transporte dos animais em reabilitação no CRMM;
  5. Auxiliar no manejo e transporte dos animais fora do CRMM, conforme solicitação da sua coordenação;
  6. Auxiliar no tratamento médico e cirúrgico dos animais;
  7. Reportar aos médicos veterinários qualquer alteração comportamental ou de saúde dos animais em reabilitação;
  8. Zelar pela guarda e conservação dos materiais e equipamentos de trabalho;
  9. Zelar pelo cumprimento das normas de saúde e segurança do trabalho e utilizar adequadamente equipamentos de proteção individual e coletiva;
  10. Realizar outras atribuições pertinentes ao cargo e conforme orientação de seu coordenador;
  11. Participar de escala de revezamento e plantões sempre que houver necessidade, conforme acordado com seu coordenador.

PRÉ-REQUISITOS:
  1. Ensino Médio Completo.
  2. Ser organizado, ter iniciativa e ser comprometido com o trabalho.
  3. Ser maior de idade.

DIFERENCIAL DESEJÁVEL:
  1. Possuir curso técnico de auxiliar de veterinária.

Regime de Trabalho:
44 horas semanais

Contratação:
O profissional será contratado em regime de CLT, sendo o salário bruto no valor de R$ 990,96 (incluso Insalubridade).

Benefícios:
Almoço no local de trabalho.

Seleção:

Entregar Currículo com contato para entrevista até dia 10/07/15 na coordenação do CRMM/Aquasis ou na administração da AQUASIS ou pelo e-mail selecao.aquasis@gmail.com com o Assunto: SELEÇÃO PARA TRATADOR. Os pré-selecionados serão divulgados até dia 14/07/15. 


Em caso de dúvidas referentes ao processo de seleção, entrar em contato pelo telefone (85) 3113-2137 ou pelo e-mail selecao.aquasis@gmail.com com o Assunto: DÚVIDA SOBRE SELEÇÃO PARA TRATADOR.  

segunda-feira, 8 de junho de 2015

8 de junho é o dia do boto-cinza em Fortaleza


O boto-cinza (Sotalia guianensis) é um golfinho pequeno, que mede cerca de 2m, de coloração acinzentada clara ou escura que habita águas quentes da Nicarágua, na América Central, ao litoral de Santa Catarina, no sul do Brasil. Normalmente a espécie é encontrada em regiões costeiras, em áreas estuarinas, baías e enseadas. Muitos cearenses antigos já tiveram o prazer de avistar, de embarcações ou dos espigões da beira-mar, esses animais saltando no oceano. Mas o quadro não é tão positiva para a espécie no Brasil e no estado do Ceará.

A última lista nacional de espécies ameaçadas aponta o boto-cinza como vulnerável. No Ceará, essa espécie é a que mais sofre com encalhes. Em Fortaleza, uma população de apenas 41 animais ainda resiste na enseada do Mucuripe. Hoje, já não são mais tão frequentes as avistagens desse mamíferos que embelezam o mar da cidade.


O boto-cinza sofre bastante com a ação humana. Fatores como a poluição e contaminação de esgotos; ruídos intensos causados por dragagens, construções de píers e movimentação de embarcações; perda de habitat natural devido à criação de aterros e espigões e frequentes capturas acidentais em redes de pesca são impactos de difícil reversão e extremamente prejudiciais para a espécie. Dos animais que habitam o Mucuripe, muitos já apresentam doenças por causa da péssima qualidade da água; monitoramentos encontram com extrema frequência animais mortos devido ao emalhe em redes de pesca. Biólogos afirmam que a situação do boto-cinza no estado é crítica e necessita de cuidados urgentes.

No Ceará, a Aquasis se dedica também à conservação dessa espécie. O Projeto Manatí realiza monitoramentos de praia e pesquisas para o levantamento de dados sobre a espécie, como causas de mortalidade, alimentação, distribuição, estatísticas de encalhes e regiões críticas, que possibilitam a criação de políticas de conservação desse animal; equipes de resgate ficam a postos para a possibilidade de prestar atendimento veterinário para animais encalhados com vida; e, ainda, campanhas de educação ambiental e conscientização são realizadas com as comunidades costeiras.













Como parte desses trabalhos, a Aquasis desenvolveu uma proposta de lei (aprovada pela câmara em 13 de dezembro de 2012) que garantiu que o boto-cinza fosse declarado como Patrimônio Natural do Município de Fortaleza, instituindo o dia 8 de junho (dia dos oceanos) como o dia do boto-cinza em Fortaleza.

A intenção é inceitivar a valorização, o carinho e os cuidados do poder público e da sociedade com a população de botos que vive na enseada do Mucuripe, que além de atrativo natural para a cidade, é de extrema importância para a manutenção do equilíbrio ecológico, garantindo os recursos da pesca dos quais dependem tantos fortalezenses. Mas, infelizemente, ainda são poucas as pessoas que andam comemorando o dia do boto-cinza.











O Projeto Manatí é patrocinado pela Petrobras através do Programa Petrobras Socioambiental. Você também pode ajudar a salvar o peixe-boi, seja um doador! 

quinta-feira, 21 de maio de 2015

Divulgado Edital para seleção de estagiários para o Centro de Reabilitação de Mamíferos Marinhos da Aquasis
























Se você quer aprender mais sobre com mamíferos marinhos, nós temos lugar para você.


Estamos selecionando novos voluntários para atuar no nosso Centro de Reabilitação de Mamíferos Marinhos no período de 2015.2! As vagas estão disponíveis para o período de junho a dezembro de 2015, com duração mínima de dois meses, para recém-graduados e estudantes dos cursos de Biologia, Medicina Veterinária, Engenharia de Pesca, Ciências Ambientais, Oceanografia e áreas afins.


Os interessados devem entrar em contato para mais informações com a nossa coordenação de estágio e voluntariado através do email katherine@aquasis.org com o assunto: SELEÇÃO VOLUNTARIADO.


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As vagas para os períodos de junho e julho já estão preenchidas. No momento, o período disponível é entre agosto e e dezembro de 2015.













Boa sorte à todos!









     

sexta-feira, 6 de março de 2015

Mais um filhote é trazido para o nosso Centro de Reabilitação. Já são oito animais em tratamento

O novo filhote a caminho do Centro de Reabilitação de Mamíferos Marinhos da Aquasis (CRMM) 

Ontem, dia 6 de março, recebemos mais uma má notícia. Outro filhote recém-nascido de peixe-boi encalhou na orla cearense. A cerca de quinze dias atrás, resgatamos uma fêma também recém-nascida (que foi batizada de Mani, por sinal). Dessa vez um pequeno macho foi encontrado na praia de Ariós, no município de Beberibe. A boa notícia é que o animal ainda estava vivo.

Ao chegar no local onde a comunidade estava mantendo o filhote protegido, encontramos um pequeno e aparentemente saudável animal, apesar da desidratação intensa natural de uma situação de encalhe. Mais uma boa notícia, felizmente. 

A equipe de resgate foi imediatamente para o Centro de Reabilitação com o nosso novo hóspede/paciente, onde os veterinários confirmaram o quadro de saúde positivo para um animal encalhado. Aparentemente, salvamos um pequeno resistente.

Primeiro manejo do novo filhote, momento em que o animal é retirado do tanque para exames de rotina.
Esse já é o oitavo filhote em tratamento pela equipe do Projeto Manatí. Nos últimos seis meses, já foram encontrados sete outros filhotes de peixe-boi encalhados. Um estava morto e outro foi reintroduzido no local junto a um grupo de peixes-bois adultos. Este último pode ter encalhado novamente e ser um dos filhotes resgatados (o Mirim). Exames de DNA estão sendo realizados para confirmação. Esperamos muito que não e que o filhote devolvido esteja saudável e seguro em seu ambiente natural.

Nós possuímos uma capacidade de tratamento ideal de nove animais simultaneamente e uma capacidade física máxima de doze animais mantidos em nossos tanques. Essa quantidade de encalhes começa a preocupar os nossos biólogos. Os animais exigem uma grande quantidade de alimentação à base de uma fórmula de leite sem lactose e manteiga, verduras e medicamentos e trabalho intenso 24h da nossa equipe de tratadores e veterinários.

O motivo de tantos encalhes, você já deve saber: a destruição do habitat de reprodução e cuidado parental da espécie. Traduzindo: a fêmea não consegue achar um lugar seguro para dar a luz e cuidar do seu filhotinho. 

Obrigada a dar a luz em mar aberto, ela acaba perdendo o filhote, que não consegue nadar em um ambiente com fortes correntes e marés, e o pequeno acaba encalhando.

E quem destrói esse ambientes? Você também já sabe: nós humanos.

Os gêmeos Tico e Teco, encontrados encalhados em outubro de 2014



Fazendas de camarão e salinas destroem rapidamente as áreas de mangue e estuários de rios. O resultado, entre outros impactos para outras espécies, é essa quantidade absurda de filhotes encalhados.

Do jeito que a situação anda, é bem provável que você possa se deparar com um filhote encalhado. Se isso acontecer, antes de qualquer coisa, ligue para o nosso número de resgate 24h:

(85)9800-0109 (anote no seu celular!)

Depois, você pode tentar prestar os primeiros socorros e aumentar muito as chances de sobrevivência do animal. Quer aprender? Acesse esse link e baixe a nossa cartilha de primeiros socorros e entenda um pouco mais sobre os encalhes de animais e como proceder nessas situações


Informe-se e eduque os seus amigos. Contamos com vocês!  

O Projeto Manatí é patrocinado pela Petrobras através do Programa Petrobras Socioambiental. Você também pode ajudar a salvar o peixe-boi, seja um doador! 


segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

Recebemos mais um filhote no nosso Centro de Reabilitação



Na última sexta, dia 20, realizamos o resgate de mais um filhote de peixe-boi. Uma pequena fêmea recém-nascida foi encontrada por uma moradora do município de Icapuí que imediatamente acionou a equipe de resgate do Projeto Manatí. Além dos nossos biólogos e veterinários, uma equipe do projeto Cetáceos da Costa Branca também seguiu para a praia de Manibú para auxiliar no resgate e tratamento do animal.

O filhote aprensentava estado de saúde estável, apesar das horas encalhado, mas, infelizmente, havia sido ferido no focinho por cães que o encontraram na praia antes dos moradores. Após serem prestados os primeiros socorros no local, a pequena fêmea foi levada para o nosso Centro de Reabilitação de Mamíferos Marinhos localizado na Colônia Ecológica do SESC, em Iparana. Após todos os exames dos nossos veterinários, ela foi colocada temporariamente em uma pequena piscina de emergência enquanto os outros filhotes, os irmãos Tico e Teco, são transferidos para um novo tanque.

Apesar de bastante desajeitada, a pequena recém-nascida já aprendeu a nadar e a respirar sem ajuda.







Esse já o sétimo filhote que recebemos Centro de Reabilitação da Aquasis. Os encalhes de recém-nascidos são uma séria ameaça à espécie, que corre perigo de extinção da costa brasileira. A destruição dos manguezais e estuários impede que a fêmea grávida encontre um ambiente ideal para dar a luz e para o cuidado parental. Dessa forma, os filhotes acabam nascendo em mar aberto. A consequência são encalhes como esse e muitos dos outros peixes-bois que se encontram sob nossos cuidados.

Assita ao vídeo e veja a nossa nova paciente ainda aprendendo a nadar e a respirar sozinha. 




O Projeto Manatí é patrocinado pela Petrobras através do Programa Petrobras Socioambiental. Você também pode ajudar a salvar o peixe-boi, seja um doador! 


sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

O nosso Centro de Reabilitação recebeu dois novos filhotes!

O novo filhote recém resgatado é levado para o Centro de Reabilitação de Mamíferos Marinhos da Aquasis 





Os últimos trinta dias foram intensos para a equipe do Projeto Manatí. Três filhotes de peixe-boi (Trichechus manatus) foram trazidos para o Centro de Reabilitação de Mamíferos Marinhos da Aquasis.

Infelizmente o último atendimento foi um pequeno recém-nascido de cerca de 15 dias trazido morto. Os exames indicaram que a causa da morte foram lesões causadas pro um provável atropelamento por embarcação motorizada. Outros dois filhotes foram trazidos em estado grave de saúde, mas já apresentam melhoras graças aos cuidados da nossa equipe de veterinários e tratadores.

O primeiro, já batizado de Mirim (que significa 'pequeno' em Tupi) foi trazido no dia 28 de dezembro após ser encontrado encalhado sobre um banco de ostra nas margens do rio Jaguaribe.

No dia 25 de janeiro, em Melancias de Baixo, Icapuí, foi resgatado um filhote fêmea que foi identificado através de uma marca como o mesmo animal encontrado dez dias antes pelo Projeto Cetáceos da Costa Branca em Morro Pintado. Na ocasião do primeiro encalhe, ao filhote foi reintroduzido no mar junto a três adultos que se encontravam na região. Para nossa tristeza e dos nossos colegas da UERN, ele voltou a encalhar e, devido ao seu estado de saúde, foi levado para o Centro de Reabilitação. O nome da pequena ainda está sendo motivo de discussão.

Só no último ano e em janeiro desse ano, pelo menos 5 filhotes foram resgatados pelo projeto. Acreditamos que o Mirim possa ser o mesmo animal que resgatamos e devolvemos ao mar junto a um grupo de adultos em dezembro, na praia de Retirinho, Aracati. Infelizmente, dois desses filhotes foram encontrados mortos. Felizmente, todos os nossos pacientes estão vivos e cheios de saúde.

Agora, com seis filhotes em reabilitação, a nossa equipe está com as mãos mais cheias que nunca. Ainda bem que podemos contar com a motivação de muita gente dedicada.



O Projeto Manatí é patrocinado pela Petrobras através do Programa Petrobras Socioambiental. Você também pode ajudar a salvar o peixe-boi, seja um doador!