segunda-feira, 9 de setembro de 2013

Centro de Reabilitação de Mamíferos Marinhos recebe filhote de peixe-boi

Na manhã do dia 13 de Agosto, a equipe de resgate do Projeto Cetáceos da Costa Branca, da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN), recebeu um chamado de encalhe na praia do Gado Bravo, município de Tibau/RN. Tratava-se de um filhote de peixe-boi marinho. Alva, como foi chamado o filhote fêmea, foi mantida sob cuidados veterinários enquanto parte da equipe iniciou o monitoramento de praia na região em busca da mãe.
Após três dias de monitoramento sem sucesso, a equipe decidiu levar o filhote para o novo Centro de Reabilitação de Mamíferos Marinhos da AQUASIS, patrocinado pela Petrobras. Na manhã do dia 16 de agosto, o filhote foi recebido pela equipe de resgate do Projeto Manatí, que faz parte do Programa Petrobras Ambiental.


O filhote tem sido mantido em uma das piscinas de quarentena do CRMM e se encontra bem de saúde, conforme resultado dos exames de sangue. Diariamente são ofertadas cinco mamadeiras, contendo em torno de 250 a 300ml de fórmula especial sem lactose. Embora se saiba que é comum a perda de peso devido ao estresse nas primeiras semanas, em vinte e dois dias no CRMM/Aquasis, o filhote de já ganhou 2,5kg e segue se alimentando muito bem.






quarta-feira, 13 de março de 2013

Lei Municipal no. 9949 de 2012 declara boto-cinza Patrimônio Natural de Fortaleza

Em 13 de dezembro de 2012, o boto-cinza (Sotalia guianensis) foi declarado Patrimônio Natural do Município de Fortaleza. De acordo com a nova lei, cabe ao poder público e à coletividade a proteção da espécie e seu habitat. Além disso, o dia 08 de junho, dias dos oceanos, foi instituído o dia do boto-cinza em Fortaleza.

A proposta do projeto de lei foi feita pela Aquasis para o vereador João Alfredo do PSOL. Após ser aprovada pela Câmara, a lei foi promulgada pelo Presidente da Câmara em novembro do ano passado.

Espera-se que com a nova lei, o poder público e a sociedade civil passe a valorizar e a cuidar dos golfinhos que habitam a costa de Fortaleza, mais especificamente a enseada do Mucuripe. Ali habita uma população residente de apenas 41 animais, que sofre com diversos impactos antrópicos, desde capturas acidentais em redes de pesca, a contaminação por esgoto, ruídos causados por dragagens, construção de píers e tráfego de embarcações e perda de habitat com construção de espigões e aterros.



Com o início das obras de requalificação da beira-mar, espera-se que tanto a Prefeitura quanto o Governo do Estado se preocupem com a fauna marinha que habita a enseada e que é um atrativo natural que deve ser conservado. Além dos botos, tartarugas marinhas e aves costeiras, como os trinta-réis e as gaivotas podem ser observados na área. Hoje, uma dos principais pontos de observação de botos é o espigão da Rui Barbosa, em frente ao Boteco.


Ao contrário do que se pensa, obras de engorda de praia (aterros) e de construção de espigões causam diversos impactos no meio ambiente e podem expulsar espécies importantes da região da enseada.  Para minimizar os impactos, podem ser utilizadas ferramentas para diminuir o ruído e a dispersão de sedimento. Além disso, realizar o monitoramento sistemático da fauna antes, durante e depois das obras é crucial para mensurar os impactos e estabelecer medidas compensatórias.